A Divisão de Satélites e Sensores Ambientais (DISSM) foi criada a partir da publicação do decreto 93.483 de 29 de outubro de 1986, através do qual foram modificadas as atribuições originais do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que passou a se responsabilizar pela Política Nacional de Meteorologia e Climatologia, incluindo a Coordenação do Sistema Nacional de Meteorologia.
A Divisão de Satélites e Sensores Ambientais (DISSM) foi criada a partir da publicação do decreto 93.483 de 29 de outubro de 1986, através do qual foram modificadas as atribuições originais do Ministério da Ciência e Tecnoogia (MCT), que passou a se responsabilizar pela Política Nacional de Meteorologia e Climatologia, incluindo a Coordenação do Sistema Nacional de Meteorologia. Ao INPE coube a responsabilidade pelo grupo de trabalho que elaborou o projeto de criação do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, do Centro de Aplicações de Satélites Ambientais - CASA (atual DISSM) e do Laboratório de Pesquisas Atmosféricas e Oceânicas LPAO.
Já em 1987, com a aquisição de um computador CYBER 180/830, a DISSM deu o primeiro passo na direção da utilização de potentes computadores para a extração de informações de imagens de satélites ambientais para previsões imediatas e de muito curto prazo, possibilitando aos usuários de qualquer parte do Brasil acessar sete diferentes imagens meteorológicas por dia, utilizadas a cada três horas.
O ano de 1988 foi marcado por um esforço organizacional em que se estabeleceu um planejamento de longo prazo, ao mesmo tempo em que se deu continuidade à transmissão diária de imagens de satélites meteorológicos, por meio digital, fac-símile e fotografias em papel a centenas de usuários em todo o país. Ainda este ano, entrou em operação um sistema de distribuição de imagens de satélites meteorológicos de baixa resolução, através do sistema STM-400 da Embratel. Assim foi possível enviar imagens para todo o território nacional, bastando aos usuários dispor de um microcomputador.
Em 1989 teve início a transmissão de imagens via Rede Nacional de Pacotes (RENPAC), da Embratel e foram iniciados os trabalhos de monitoramento de queimadas na região amazônica através de dados de satélites. Em 1989 foram produzidas 13.699 imagens, das quais 96% foram utilizadas externamente, principalmente pela imprensa e cooperativas agrícolas e apenas 4% destinaram-se ao INPE.
Através do Projeto de Detecção e Monitoramento de Queimadas efetuado pela DISSM o Brasil se tornou um dos países pioneiros no uso de satélites para esse fim e com as imagens do satélite NOAA, obtidas diariamente o sistema permitia e ainda permite que esse monitoramento seja eficaz, facilitando o trabalho das instituições responsáveis pelo controle de desmatamentos.
Com o lançamento do Satélite Brasileiro de Coleta de Dados (SCD-1), em 1992, a operação das PCDs (Plataforma de Coleta de Dados) continuou atendendo aos usuários e pesquisadores do INPE e ainda neste ano foi instalado novo sistema de armazenamento e disseminação desses dados para atendimento da nova rede do DNAEE (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica).
Em 1995 as atividades relacionadas aos satélites meteorológicos geo-estacionários foram revistas de forma a permitir a continuidade da recepção e do processamento de imagens.
Em 1996/1997 duas novas estações para recepção de dados dos satélites NOAA ampliaram a cobertura do território brasileiro e proporcionaram maior confiabilidade nos dados para o monitoramento de focos de queimadas e teve lugar a ampliação da rede de PCDs no território brasileiro, em cooperação com o DNAEE e outras instituições, além da instalação de estações em países vizinhos através de programa coordenado pelo MCT. Foram distribuídas 112.664 itens ou produtos, representando um aumento de 70% em relação ao período anterior, em função da colocação em disponibilidade de produtos digitais.
Em 1999 o número de PCDs instaladas no território nacional atingia 350 e as informações ambientais já eram utilizadas em prognósticos meteorológicos e nas pesquisas sobre anomalias climáticas. O volume de chuvas e nível de grandes reservatórios hídricos, detectados pelos satélites SCD facilitam o acompanhamento dos períodos de estiagem no Nordeste, chuvas na Amazônia e até mesmo o processo de geração de energia pelas hidroelétricas. Assim, o monitoramento das bacias hidrográficas e o gerenciamento dos recursos hídricos do País foram aprimorados após a colocação em órbita destes satélites, que passaram a fornecer importantes informações que auxiliam a formulação de políticas públicas para regiões de interesse nacional e o planejamento de setores da economia, como a agroindústria e o setor energético.
Em 2003 a estrutura de trabalhos da DISSM definiu-se de maneira a atender os setores de pesquisa e desenvolvimento e de operações, consolidadas em pesquisas sobre aplicações de satélites ambientais, que abrangiam projetos de desenvolvimento tais como determinação de ventos a partir do movimento das nuvens, vigilância de tempo severo, temperatura da superfície do mar, sondagens atmosféricas, estimativa de precipitação e de determinação de características da superfície terrestre e suas atividades estendiam-se também às atividades operacionais de recepção, processamento, disseminação e arquivamento de imagens, dados e produtos derivados, acompanhamento e divulgação de informações sobre missões de satélites, além de coleta de dados ambientais por plataformas automáticas, com dados retransmitidos por satélites. A partir desta data a DISSM agregou à sua experiência em atividades operacionais a componente de pesquisa gerando um grande número de novos produtos e ocupando a liderança desta área na América do Sul.
Em expansão, a DISSM conta hoje com um quadro de mais de 50 pessoas, entre pesquisadores, operadores, servidores e bolsistas/estagiários distribuídos nos setores de Pesquisa, Engenharia e Suporte, Produtos e Ingestão que se encontram envolvidos no desenvolvimento de novas pesquisas, novos produtos, novos sistemas. Além destas atividades, a DISSM apresenta um novo desafio que se substanciou com a inclusão de duas missões espaciais de meteorologia na revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais. Assim a DISSM tem o desafio de capitanear a implementação destas missões e preparar os aplicativos que são as ferramentas que transformam as medidas satelitais em produtos de utilidade pública.
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